terça-feira, 17 de junho de 2008

CeaseFire

























"... Posto isto, asseguro a mim mesmo que o vento corre a meu favor.
Muitas foram as guerras, muitos foram os problemas que se deram sem necessidade.
Considero me agora um soldado condecorado com o mais lindo sorriso alguma vez visto.
Sorriso de prender o coração ao dia em que o possa vislumbrar de novo.
Como gosto eu de o sentir em mim, de o ver em ti...
Renuncio ás armas, entrego tais objectos ás memorias, pois delas já não preciso.
Hoje consigo olhar o horizonte sem medo de fraquejar.
As pernas já não tremem como tremeram.
A carne já não transpira como transpirava.
As feridas já não choram sangue, e o medo esse parece ter ido de ferias.
Sou quem sou sem medo, sou quem tão bem me conhece sem medo.
Sou a causa e o fim.
Sou o principio, o advento.
Sou a queda do muro.
Sou arquitecto de emoções.
Sou a alma pendurada no estendal de pensamentos.
Sou eu, apenas eu, como só tu conheces.
EU.
Sem m...e...d...o " .






domingo, 8 de junho de 2008

Bad weather

















Há dias difíceis.
Dias em que não podemos contrariar o mau humor que se instala em nos,
dias em que não adianta sequer levantar a voz ao mundo,
gritar até mais não poder, que não será nesses dias que nos iremos sentir melhor.
Como identificar um mal-humorado? Não tem nada que saber.
São o tipo de pessoas que jamais assumem que são pessimistas,
mas que no entanto se consideram realistas.
Teimosos por natureza nada os faz demover da sua postura.
Não adianta dizer lhes que o mundo é cor de rosa, que um sorriso fica sempre bem no rosto de qualquer pessoa, e que pode desabafar para se sentir melhor, que não adianta mesmo.
Muitas podem ser as razões para alguém ficar de mau humor, agora o que importa é que o mal-humorado não faça do mau humor uma doença, nomeadamente contagiosa.


domingo, 1 de junho de 2008

Imagens que se expressam em palavras.Todo o pensamento é imagem ou conceito.

















"É quando o vento se torna mais forte que me escondo debaixo dos cobertores.
Receio a chuva pesada sobre os telhados.
O outono por vezes faz caras muito feias...
E eu deprimo completamente.
Não tenho conta aos cigarros que já fumei esta noite.
Perco - me no fumo que fazem e que esconde o sujo canto do tecto que tento avistar.
Passo horas assim...
Deitado sobre a cama, fumando cigarro atrás de cigarro, sem retirar dos meus pensamentos mais magoa do que aquela que já mora em mim.
O tempo ganha uma dimensão diferente da habitual.
As horas envelhecem, arrastam se de tal forma...
Quase não chego a ter noção do seu passar.
Por vezes tenho a tua visita.
É ai que o meu quarto ganha outra vida.
É ai que cresce em mim a boa disposição, a necessidade de esfregar em ti o que sinto.
A vontade de deixar transbordar uma transparência de sentimentos.
Quando a ansia de me entregar a ti é maior do que o sonho, e mais voraz do que qualquer realidade.
A depressão ruma ao incerto, e toda e qualquer magoa existente termina em ti.
Toda a vida é sobre despedidas...
Mas eu...
Eu prefiro visitas".