segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Do They Know It's Christmas Time?



















Tão próximos estamos nós do dia de Natal...
E tão próximos igualmente de mandar o ano corrente ás urtigas e pensar apenas no típico "recomeçar" das nossas vidas no ano novo.
A ideia é sempre a mesma.
A ideia de que no ano novo tudo será diferente, tudo será melhor do que no ano anterior.
Pah...haja fé e vontade acima de tudo, é o que digo.
É muito bonito prometermos a nós mesmos que tudo será melhor, e que será feito o esforço, mas depois, dá ideia, que quando já nos encontramos em Janeiro, temos mais com que nos debruçar do que propriamente cumprir o espírito de mudança ao qual nos tínhamos prometido.
Enfim, quero apenas deixar votos de um Bom Natal e prospero Ano Novo a todos aqueles que amo, a todos aqueles que detesto, a todos aqueles que gosto um bocadinho, e a todos aqueles que nem sequer conheço e que por obra do espírito santo vem cair aqui, neste humilde espaço de leituras, de paraquedas.
Um bem haja a todos e votos de felicidade*

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

...


















"What am I still to you?
Some thief who stole from you?
Or some fool drama queen whose chances were few?
Love brings us to who we need,
a place where we can save
A heart that beats as both siphon and reservoir.
You're a woman, I'm a calf.
You're a window, I'm a knife.
We come together making chance into starlight.
Meet me tomorrow night, or any day you want.
I have no right to wonder just how, or when".

Jeff Buckley - morning theft

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

"É obra do destino"























Acho que por vezes nos preocupamos demasiado com o porvir...
Passamos tanto tempo a volta de descobrir razões para tudo e mais alguma coisa.
Há por vezes uma febre que nos da de querer ter pulso, rédeas em tudo aquilo que nos surge no caminho.
Não estaremos nós nesse preciso momento a perder a magia de nos entregarmos ao inóspito devir?
Damos antes o lugar a cálculos, a equações com raízes quadradas que nos deixam mais á vontade com o incógnito.
Para quê tanto calculo?
Na realidade acabamos por nos sentir ainda mais aflitos quando algo que projectamos não correu como queríamos não?
Não quero com isto passar um atestado do que quer que seja a quem o faz, o faz bem, e vive bem com isso, isto é, com o calculo.
Pelo contrario.
Pretendo antes pensar até que ponto é que devemos contar com o sucesso através de previsões ou antecipações.
Os gregos acreditavam no destino, e que nada os podia demover de o alcançar tal como estava escrito.
Normalmente olhamos para o destino, ou usamos a expressão:
"É obra do destino"
para tentar explicar o absurdo dos acontecimentos referentes a nossa existência.
É muito fácil por as culpas no destino quando algo não corre bem.
Mas normalmente quando o fazemos, acabamos sempre por atribuir ao destino o estatuto de divindade, de algo superior a nós que nos comanda a vida, e ao qual podemos condenar.
O destino é um eterno amigo da sorte e do azar.
Estes dois últimos nada mais fazem senão entrar e sair de cena na vida que segundo Shakespeare é um palco:
"A vida é um palco e todos os homens e mulheres meros actores.
Entram e saem de cena, e cada um representa muitos papéis no seu tempo".
Estranhas e múltiplas convicções á parte...
Já muitos foram aqueles que prestaram o seu tempo a escrever sobre, ou a ponderar acerca do destino.
Prefiro acreditar que o destino é algo suficientemente controlado por nós.
É óbvio que muitas coisas ao longo da nossa vida não serão facilmente evitáveis, embora que se possuirmos uma sensibilidade afinada, conseguiremos antecipar vários acontecimentos, atribuindo assim a nós mesmos a tarefa de isolar da trama do cosmos o fio da ordem.
Através desse mesmo fio, poderemos tomar as rédeas do mundo nas nossas mãos, e ditar os limites do nosso próprio destino.
Através do acto de decisão possuímos poder suficiente para isso, embora a fonte desse poder se encontre dependente da sabedoria e sempre limitado por esta.
O controlo está sempre na antecipação, e não no acaso.
O destino não é algo que se deve esperar, mas sim algo que se deve atingir.



"Devia-se nascer velho, começar pela sabedoria, para decidir o seu destino"

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Time in a bottle

























If I could save time in a bottle
The first thing that Id like to do
Is to save every day
Till eternity passes away
Just to spend them with you

If I could make days last forever
If words could make wishes come true
Id save every day like a treasure and then,
Again, I would spend them with you

But there never seems to be enough time
To do the things you want to do
Once you find them
Ive looked around enough to know
That youre the one I want to go
Through time with

If I had a box just for wishes
And dreams that had never come true
The box would be empty
Except for the memory
Of how they were answered by you

But there never seems to be enough time
To do the things you want to do
Once you find them
Ive looked around enough to know
That youre the one I want to go
Through time with




Jim Croce Time in a bottle