quinta-feira, 8 de outubro de 2009

8 de Outubro de 2009 / 04:28

























Eis que de momento me encontro vestido de tristeza.
Possuo corpo de homem, mas recuso me a aceitar o que pede o coração.
Não lamento, não choro, não consigo.
Nesta hora do nada, pesada, sombria, sufoco, perco a respiração.
Não sou nada.
Nem pedaço de mau caminho...
Quem disse que alguma vez o fui?
Esqueci me da violência sedutora de conhecer com olhos de criança os dias, de transpor a idade quando tomo consciência dela.
Foi isso, isso mesmo que me deixou assim!
Não sei o que será de mim nos próximos tempos...
Não sei o que pensarão de mim...
Não sei o que sentirão por mim sequer.
Perco a liberdade, perco a alma.
Recebo a guerra, ganho o medo.
Não quero perder nada.
Quero ganhar tudo...
Quero permanecer intocável á vida e as suas leis de ferro.
Quero simplesmente continuar a ser eu.
Não quero morrer mais uma vez e arrastar comigo quem me ama.
Quero ser homem com um coração de deus, e coragem de senhor da guerra!
Quero!
Vou!
Serei!
Nesta hora do nada, pesada, sombria, respiro fundo, ganho novo alento.