terça-feira, 14 de junho de 2022

11th of May, 2022. 37 years old. Taken. Father of two.

My birth name is Bruno Miguel Fernandes De Sousa. I was born in the North of Portugal, in Vila Nova De Gaia, Oporto District. Currently living in Scotland, Fraserburgh, Aberdeenshire. Even though my name is Bruno I have been given other names in the past: “China” and “Apax” are the ones I have been more used to throughout my life. Each nickname with a different story behind it, each nickname with dozens of memories attached to them. Because that’s what’s behind a name or a nickname – The stories, the memories, the times, places and people. And that’s exactly what I’m wanting to immortalize by doing this exercise. This exercise of searching deep into my memories to bring stories back to life . It came to my mind one day that every common mortal man’s memories, legends, exist only in two particular “places”: They’re either imprinted in our brains individually, as part of our own experience of existence, or in someone else’s brain when they’ve been part, or somehow related to our experiences. Although this is factual, both of this “places” cease to exist at some point. What will then be left of this memories? What will be left of us? When the last person that used to know us ceases to exist after we’re no longer here what will be then left of us? Nothing. Does that not sound sad? Meaningless? It does to me. And it’s the idea of not existing one day that haunts me as I get and feel older. Self-love, seeking knowledge, so many sacrifices, so many experiences to collect and share and all that for what? Nothin? “Life is just a ride”. “Enjoy life while your alive”. “Try to live a happy life”. That’s it. Why complain? We just carry on with our lives and ignore the big picture... Nevertheless, it all just seems deeply empty and sad to me. And that’s what moves me to write today. In this memory exercise I’ll go through some memories from my childhood, my 20’s and then early 30’s. No much point bringing back too many memories from my teenager years because, apart from one or two major events, I can today understand that those years were either disturbing, boring, mostly sad and confusing. Wich to a certain or fairly significant extent, are quite common traits of a growing childs adolescence stage.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Considerações Sobre A Amizade

























Pensei que com o tempo,  com a medida que o tempo arrasta consigo, as amizades se tornassem sólidas e reluzentes como o ouro.
Porém, o que é uma pedra de ouro em perfeita escuridão? Se não há luz como podemos ver o seu brilho?
Venho a constatar que tenho vindo a pensar demasiado e de forma descrente acerca da amizade...
Confesso que tenho plena noção de como posso chocar algumas pessoas quando oriento o meu discurso acerca da amizade relacionando acções com concepções pessoais verificando a sua verdadeira natureza.
Creio no entanto que o choque está na consciência de cada um e não no meu discurso.
Só não vê quem não quer ver.
Só fica na caverna quem quer ficar.
É comum achar que só não tem amigos quem tem mau feitio...É comum achar que quem pensa o mundo de forma negativa não alcança grandes feitos.
Pois a minha opinião é precisamente a de que ao continuarmos a achar que são as coisas comuns que devem continuar a fazer o mundo girar estamos inevitávelmente a contribuir para mais anos e anos de extrema ignorância.
Anos perdidos de consciência adulterada, standerizada!
Com isto pretendo demonstrar de forma clara que só caminha de olhos fechados e de ouvidos tapados quem quer, ou quem simplesmente não tem faculdade para discernir.
Porque é que penso assim? Porque como se costuma dizer: "Já engoli muitos sapos!".
E fartei-me de os engolir.
Até que um dia deixei de ver o mundo de forma bidimensional e a cores, acabando obrigado a interpretar fenómenos de forma linear, subtraindo todo o excesso ilusório que normalmente nos fascina e que nos enche os olhos e a mente de merda.
Pura merda...
Porque é que temos que ser mais fortes do que as evidências? Porque é que na minha forma de ver as evidências a expressão "Tens que ser mais forte do que as evidências" é automaticamente substituida pela expressão:
"Queres continuar a ser ignorante mesmo perante as evidências ?"
Porque é que nos temos de conformar e sorrir com algo ou alguém que nos prejudica, que nos mostra ódio, inveja ou que nos trai?
Nenhuma amizade com estas caracteristicas me parece saudável...
Constato que não é saudável.
Convenhamos, grande parte das amizades, senão todas, por mais sinceras e ingénuas que sejam, partilham exactamente a mesma razão primitiva : "O interesse".
Não há amizade sem interesse, o interesse faz de um conhecido teu amigo.
E acreditem, é muito fácil confundir interesse com outra coisa, da mesma forma que é fácil confundir amizade com outro sentimento qualquer.
Ao interesse se junta, a meu ver, algo suficientemente importante quando se fala desta relação: "A capacidade de agradar".
Quem escolhemos como nosso amigo tem a capacidade de nos agradar, sendo que o nosso interesse na amizade é o de ser agradado pelo nosso amigo.
Parece evidente.
Eis então que um dia chego á crua verdade deste raciocinio quando atravesso um momento pessoal de ruína.
O individuo que escolhemos como amigo para nos agradar, ou o individuo que nos escolheu para ser agradado deixará de nos agradar no dia em que não servir para mais nada.
Esta é a pura realidade.
Este argumento é facilmente constatado em vários momentos da história social do homem.
O homem parece possuir constelações de amigos quando rodeado de grandes fortunas, mas quando a ruína resolve aparecer os amigos esquivam-se dos lugares onde são postos à prova. É tão simples quanto isto.
Já dizia Séneca acerca deste tema que "o interesse faz de sicrano nosso amigo e que o interesse fará com que ele deixe de sê-lo"
Parece-me claro.
Mas porque suscita então em mim outra questão?
A mais fulcral de todas as possiveis questões que podia formular acerca da amizade?

Qual é o objectivo em fazer amigos?
Se o acto de criar amizade é algo tão inconscientemente ou conscientemente visceral , negro, narcisista, egoísta?
Creio que todos nós temos medo de existir sozinhos...Todos nós parecemos possuir pavor da solidão.
Não deixa de ser curioso, visto que com este medo somos capazes de ser tão egoístas.
Como é que algo a que chamamos "Amizade", que de forma comum é descrito como um sentimento bonito, positivo, pode ter como génese um oposto tão escuro, tão desprezável?
De facto é interessante como facilmente o homem acaba magoado com uma amizade, quando no fundo é apenas puro objecto das suas inquietações, fruto directo da sua natureza.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

...



























Gostava de denunciar este abuso. Este meu abuso de querer sangrar já sem sangue o que o barulho da chuva desta noite me empresta como inspiração para um qualquer manuscrito.
De facto podia e devia me resignar a este e qualquer momento que tem por força me querer arrancar da tenebrosa e intrincada caverna em que vivo.
O monstro que é a vida, venceu-me mais uma vez...
O descontentamento que encontro em tudo, encontrou-me a mim numa esquina de um projecto harmonioso, em que com ele a vida seria tão doce quanto o mel. E Logo aí nos fizemos amigos, eu e o descontentamento...
O dia-a-dia deixa-me aflito, sinto-me a naufragar em estado de coisa incerta, desconfiado e assustado com a possibilidade de assistir aos "dias gordos", gordos de miséria.
Levo a mão ao bolso, e mais farto é o cotão. O maldito cotão que me assola os dias.
Faço de cada pequena moeda existente e presente na minha mão um talismã, um fio de luz que me garante uma ou outra saída da avassaladora caverna em que vivo.
Melhores dias virão, acredito. Antes destes é preciso tomar os "dias gordos" em jeito de cicuta e morrer se for preciso. Nada se faz sem sacrifício... O que se faz sem sacrifício não tem o mesmo mérito, não tem ferida, não tem sangue.
Creio então que já morri, que já sangrei... Só me falta ressuscitar...






segunda-feira, 15 de agosto de 2011

C'est sa

























c'est sa? César.
c´est sa...César.
C'est sa! César!!!
César...
César Caralho!!!!!!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ocupação vs. Distracção - O olhar vazio sobre a matéria.




















Ocupação pressupõe sempre ocupar um espaço e um tempo.
Quando nos ocupamos de alguma coisa a pluralidade de possibilidades entre as variantes tempo e espaço são infinitas. Podemos nos ocupar dez minutos, uma hora, uma semana, um ano ou até mais tempo. Podemos nos ocupar de uma pessoa, de um objecto, de uma matéria, de uma criação, etc.
O que interessa aqui a meu ver, é compreender a tomada de posse, o estar na posse de, o preencher, o encher, o estar, a apropriação do tempo e do espaço que sempre ou quase sempre nos surge num segundo plano em consciência.
Não quero com isto dizer que não traçamos direcções, objectivos nas nossas ocupações com plena consciência deles. Não se trata disso.
O que na realidade dou a pensar é no facto de nunca ou quase nunca pensarmos á partida, na qualidade de se estar enquanto ocupados. Parece que em nossa consciência não habitamos absolutamente nada, quando no fundo habitamos.
Creio que passamos imenso tempo negligenciando a nossa existência presente nas coisas. Isto se entendermos que a existência é (pelo menos por vezes) um conjunto ou propriedade de objectos, uma propriedade primordial como é a propriedade de ser alto ou bonito.
No entanto a verdade do indivíduo existente é, e será sempre um paradoxo. A verdade acerca da matéria que compõe o mundo nunca poderá ser objectiva, universalmente válida, será sempre uma construção subjectiva com aspiração à ideia de objectividade e universalidade encarregues de nos afastar e salvar da loucura.
Portanto ao praticarmos uma ocupação, habitamos sempre um lugar, existimos dentro de uma grelha transparente de propriedades primordiais que constroem o mundo.
Mas o que de facto me interessa é a distracção. O poder da distracção, o movimento da distracção.
Como entendemos nós o que é em senso comum a distracção?
Apenas achamos distraídos aquele ou aqueles que manifestam falta de atenção perante algo ou alguém. Mas creio que a distracção possui mais valor do que á partida parece não ter, visto que a tomamos normalmente e erroneamente, como apenas uma "falta de".
Quando nos distraímos o movimento é tal que se inscreve no rosto. O olhar vazio que se agarra a nós nesse preciso momento possui, a meu ver, mais valor que o olhar objectivo da racional atenção. A distracção não é apenas um acto. É uma viagem, uma visão, um "não lugar" de tempo e espaço na materialidade da realidade dada pela nossa consciência objectiva. Um mundo dentro de um mundo...
Quando nos distraímos o nosso espírito concentra-se!
Abdicamos da consciência do cogito Cartesiano, da consciência do "eu".
O plano passa a ser o da abstracção, onde viajamos no tempo e no espaço sem limites objectivos.
Não somos mais quem tem o controlo, somos antes a carruagem desgovernada do pensamento sem o "eu". O "eu" é pura consciência temporal e espacial.
A distracção liberta-nos tanto da objectividade como da subjectividade acerca do mundo. Nela somos tudo, nela somos o nada, nela não somos! Não existimos! Esquecemo-nos de nós mesmos, vestimos o nosso espírito e mergulhamos em queda livre nesse fragmento, nessa dimensão, pedaço adormecido de mistério e contemplação.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

...


















Não estamos em tempos de romantismos!
Apesar da debilidade da época, característica essencial à existência do romantismo, há que aguentar a força da vida e torná-la necessária para o progresso.
Não só para um progresso pessoal, como também para uma estabilidade social, quase inexistente na contemporaneidade.
Fatalismos não fazem movimentos.
Resistência e idealismos caminham, potenciam sentidos na vida.
É preciso gritar, gritar desde dentro a força de um sentido que se inscreva no mundo.
Cruzar os braços, mergulhar na inércia, não irá mover desejos ou intenções.
Desejo implica desde logo um movimento, um querer alcançar.
Intenção compromete necessariamente um objectivo.
A inércia que observo não compromete nada disto.
O romântico fatalismo que a sociedade actual traduz só pressupõe inércia.
O destino é feito da impossibilidade de ser aquilo que se deseja ser.
Vamos então viver a impossibilidade, eleger a luta, a resistência a fim de novas realidades.
Não chega traduzir todo o desejo, todas as ambições ou chorar a vida em conversas de café.
Há que trabalhar com urgência o amanhã.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Adulto/adulterar






















É sobre o abismo do espaço branco da existência que desenhamos ou encontramos caminhos pelos quais nos arrastamos.
Vivemos ensaiando-nos como cadáveres adiados, habitando e pensando o impensável de cada pensamento, sendo que estes pensamentos resultam quer da comoção pela qual descobrimos novas realidades na vida, quer pela insatisfação de apetite perante a fútil materialidade que lhe dão corpo.
Por vezes, novos mundos se materializam quando deixamos a maré levar-nos até ao sólido chão da conveniência.
A existência compreende que a directriz a tomar seja aquela que parte (ou encontra a sua génese), quer nos apetites quer nas decisões tomadas pelo individuo.
Isto sugere que a existência através dessas escolhas e apetites adquire diferentes dimensões ao longo da sua temporalidade.
Por vezes tudo nos parece um mar de rosas, outras vezes acontecerá que o mergulho numa má decisão surja como inevitável.
Creio que é este rosto aleatório que a vida nos mostra que nos faz fortalecer e encontrar subterfúgios.
Se pensarmos a contemporaneidade, entendemos que esta exige-nos valores e utilidade.
Em consequência disto o pró-activismo parece surgir como a nova religião em cena, remetendo-nos talvez um pouco para o programa nietzchiano de "Super-homem".
O dever traçado para com a sociedade é o de possuirmos então valores utilitários, ou de outra forma, determinar que as nossas pretensões culminem num efeito das nossas causas, sendo que desta forma ser ser no mundo é na mesma medida dar ser ao próprio mundo.
É esta acção eficaz, força intencional, que resulta das nossas decisões e apetites quer exista, quer não compromisso com a sociedade.
Se vivermos, ou pretendermos viver a vida tal qual obra de arte, não podemos negar a conflitualidade desta acção com a modernidade dos nossos dias.
O inevitável será baixar os braços à evidencia de que a rendição é o melhor dos remédios, abraçando a adulteração, ou melhor, a "acção de adulterar", tão característica da sociedade que nos transforma em adultos (adúlteros), roubando-nos do ventre do mundo, obrigando-nos a chorar o adeus dado da janela de trás do carro que nos leva para longe do estado
infant, desse estado puro em que o silêncio dava lugar à sublimidade do mundo, ao assombro.
Ao ver, sentir, cheirar e ouvir, ao conhecer sem sede de adulterar.