sábado, 22 de dezembro de 2007



















"...Tão depressa nos sentimos altos, superiores, como repentinamente borramos as cuecas quando confrontados com uma passagem menos boa da vida.
A vida não é como os filmes, e certamente que a minha nada tem a ver com Hollywood.
Fico farto de ver pessoas mesquinhas a bajular outras, quando, passado algum tempo, as ostracizam completamente.
Qual é o fundamento?
Na finalidade, começo a entender que as pessoas só precisam de outras, por mero interesse, quando mais lhes convém.
Mas como é óbvio, sinto que não posso ser eu a mudar o mundo, mas sim o mundo a mudar-me a mim, sendo precisamente aqui que me sinto ameaçado.
Não tenho noção nenhuma do destino para o qual a minha vida caminha, tenho toda a noção de que cada vez mais sou resultado das minhas escolhas, tenho a completa noção de que não me conformo com a vida que levo.
Sei perfeitamente que todas, ou grande parte das minhas decisões até a data, não foram tomadas com a lucidez necessária para serem hoje declaradas de decisões correctas.
Sei que falho em afastar as pessoas que amo, e as que me amam, por apenas pensar em mim, e isso é reflectido completamente no vazio que ultimamente sinto.
Porém, sei que eu não sou, nem devo ser entendido por aquilo que penso.
Eu não sou os meus pensamentos, e se alguma vez o fui, tenho necessariamente de os deixar de ser.
Na realidade, deveria antes ser a consciência que está por detrás dos meus pensamentos.
Normalmente aquilo que temos com mais frequência são maus pensamentos.
Quando tememos algo do passado, quando desejamos algo para o futuro, quando reclamamos algo do presente.
Aquilo que o nosso ego nos faz, é fazer- nos acreditar que realmente somos o que pensamos.
Tomar consciência dos nossos pensamentos, sem que sejamos dominados por eles, é o primeiro passo para a liberdade.
Muita gente se esquece de que só o presente é que existe.
Na verdade, é nele que a vida está presente e se desenrola, é o único lugar onde a vida pode realmente ser encontrada.
Ter a consciência no "agora" , é ter o total domínio sobre os maus pensamentos, e é certamente uma forma de afastar a atenção deles.
É desta forma que pretendo encarar as coisas daqui para a frente, (...) "

Um comentário:

Henrique disse...

hey! boa cena este blog, virei visita-lo de vez em quando!
se quiseres, dá uma espreitadela no meu blogzinho! (cheio de palavras simples e outras mais simples ainda)
abraço!
(o henrique de sociologia. o gajo que toca baixo)