terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Ângelus
Anjos.
Julgo ter sido despertado por um.
Quando tudo era quieto,
quando tudo era chuva no meu espírito.
Quando o tentei desenhar...
Já la não estava.
Desapareceu num ápice diante de mim.
Partiu sem dizer adeus.
Migrou para a face esquerda de uma nuvem,
disse me alguém no outro dia.
Por vezes ainda me aparece.
Ainda conversamos,
sobre isto e sobre aquilo...
Mas nunca se despede de mim.
Parte sempre sem um único adeus.
Confesso que quando olho para a realidade,
a tomo como demasiado dividida para que me possa oferecer refugio.
O meu refugio é um outro,
e vai para alem do real.
É apenas inconstante.
Não tem dono,
pertence ao mundo...
Salvador Dali -The Endless Enigma, 1938
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