domingo, 3 de fevereiro de 2008

Ideias...




















Depois de ter passado algum tempo a analisar algumas questões que me interessavam, consigo entender que nao há lugar no ser humano que sou para esconder, negar, ou interpretar racionalmente qualquer dos sentimentos que sinto e vou sentindo.
Não consigo achar espaço para a razão.
Inicialmente é sempre dificil conseguir atribuir a acontecimentos explicações racionais, aquilo que agora consigo compreender é que alguns acontecimentos são como a carta tirada do baralho ao acaso, acontecem e pronto, o controlo é escasso sobre a maioria deles, a não ser claro que realmente façamos batota, isto é, por a carta, a nossa carta no baralho, em tal sitio que seja certo ela sair na nossa vez.
Não sei porem de que forma irei agora continuar a superar a ideia de que me encontro perdido, á deriva, numa situação em que não tenho poder ou controlo.
Palavras como cobiça, paixão, insatisfação não deixam de assombrar o quarto escuro dos meus pensamentos e a limitar ou a comprometer o meu comportamento perante algumas pessoas.
Não deixo de ter assim em atenção que estados mentais sao causas reais dos nossos comportamentos.
O nosso comportamento externo, é causado por estados internos como desejos e crenças.
Uma ou mais crenças sao causadas por outras.
Espero assim que o meu comportamento não esteja a ser demasiado sincero, visto que se assim for não deixo de pensar que todos os desejos e crenças que possuo estão decididamente a tornar-me perceptível aos olhos de algumas pessoas.
Ter consciencia disto ou de outra ideia , nem sempre é facil, usando outras palavras, a consciência não pode ser explicada, provavelmente por ser aquilo que é pressuposta na explicação do que quer que seja.
Mas sinto receio em começar a ser obvio, e de este facto me poder prejudicar.
Isso reflete, explica um pouco, a insegurança que qualquer ser possui em determinadas situações da sua vida.
Se bem que acho que é necessario existir insegurança no ser humano.
Uma mente bem segura, jamais poderá compreender a realidade das coisas.
O desejo de segurança gerará a insensibilidade, uma indolencia tal que nos impedirá de estar acessível á realidade.
Na profunda insegurança é-nos dada a percepção da verdade.
Quanto á questão da insatisfação que referi sentir, não a vejo como algo mau, visto que na minha opinião, o sentimento de insatisfação para com alguém ou algo não deixa de ser necessario para o progresso das coisas.
Há que referir porém que quando este mesmo sentimento de insatisfação é exagerado, dá lugar a conflitos, discussões, desespero.
Ás pessoas que se sintam satisfeitas, que pouco se queixam, não deixa de estar agarrada a ideia de improdutividade e de realmente serem seres incapazes.
Ora agora eu pergunto:
Se tanto a satisfação como a insatisfação possuem aspectos condenaveis, o que devemos fazer?
A resposta será simples: Devemos evitar extremos.
O certo é manter o equilibrio entre as duas posições.
O que nem sempre é fácil.
Com esta ultima ideia termino este pequeno apontamento, esta pequena reflexão.
Um bem haja a todos!



Um comentário:

Canto o Tempo a Passar disse...

Não vale a pena, parar para pensar que uma pessoa se começa a tornar óbvia. Aos olhos de alguém neste mundo, serás sempre óbvio. Mas não há mal nisso, terás sempre a tua individualidade, porque serás sempre alguém que questionará tudo e todos, estarás sempre em constante evolução...por isso, serás sempre um inconstante.
Supreenderás sempre com as perguntas inesperadas, que deixará sempre o pessoal a pensar: "O quê?"
Serás sempre alguém com "Ideias..."
E é com ideias como as tuas, que me fará também a mim evoluir...passando do óbvio para o incostante.