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"Há vários momentos na vida, creio, em que tudo é posto em causa.
Tudo o que nos pertence, tudo o que ambicionamos, tudo, ou quase tudo o que nos diz respeito.
Serve a caneta, o lápis, o objecto, o meio riscador, de veiculo a esta mesma reflexão.
Escrever é muito fácil, catapultar a reflexão para o papel é bem mais difícil.
O papel deixa de ser papel, e passa assim a reflexo da alma, a prolongamento substancial das nossas preocupações e dramas, torna se na epítase de toda a dramaturgia.
É através do escritor, que por sua vez, todo o mundo escreve.
Podemos concluir assim que do gesto á escrita não existe solidão.
Não podemos catalogar este processo como um acto isolado, necessariamente solitário, mas antes como o exercício de carregar a humanidade ás costas através da expressão".