terça-feira, 9 de março de 2010

O exercício de criar/ sonhar






















Quebrei a membrana espessa que liga os meus tomates ao mundo.
Sou maquina lírica, homérica, para além de mero organismo composto de elevações, que dão fundamento ao mundo, aos sonhos, e as formas.
É preciso o entendimento de toda a criação a que me disponho, mas de igual forma é necessário abarcar com sufoco, o trabalho ao qual me entrego.
Sou dono do meu trabalho.
Abano a varinha de
condão, e ergue se perante mim o ensaio, a melodia, o tesão da criação.
É como se não me conseguisse desprender, como se fosse retido por uma força que me parece inexplicável.
A força bruta como resultado da minha natureza.
A arte, a metamorfose, surge no exercício ao qual me obrigo.
Ao predispor o sentido de liberdade e diversidade em mim.
Sem isso envelheceria...