Ás vezes olho nos olhos que olham os meus.
Fico me por eles,
Pela verdade que me transmitem.
Sem querer pressionar, sem querer aborrecer
a realidade em meu redor
que se torna alheia.
Tudo morre á minha volta,
Tudo se mexe sem eu ver.
O mundo arrasta a sua carcaça até ao sepulcro,
e deixa me ser:
Quem eu quero.
Quem eu sou.
Fecho os olhos…
Depreendo que não estou sozinho.
Tal é o ósculo, o tocar ao de leve,
Que não tenho receio de supor que fui abençoado,
Que deixei de ser o órfão de amores,
A quem nunca estenderam a mão.
Com vontade, confiança, emoção...
É como sangue o que me dá este alento!
Gira o mundo nas minhas costas devagar...
Não me interessa as voltas que ele dá,
O tempo que leva a dar sombra ao dia,
A pressa com que rouba á noite a sua magia,
Desde que eu tenha este espelho,
Este credível reflexo,
No reflexo do meu olhar.
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