terça-feira, 21 de julho de 2009

...





















Quero escrever, mas a mão treme.
Não encontro sonolência em mim.
Apenas me pesa o corpo de tantas horas sem descansar.
Olho para o relógio que assinala as 05:42,
e a caneta faz magia.
Sangra sobre o imaculado papel.
A lusco fusco procura escrever.
Escrever palavras que me levam até longe...
Bem longe além mar.
Ai se eu soubesse fazer poesia,
o que não sofria eu...
Faz falta saber fazer poesia.
Poesia triste...
Faz falta saber viver a poesia.
Poesia triste...
Mas de que falo eu?
Já não basta contar os dias?
Viver os dias nesta latência de fazer da saudade algo que não me pode magoar?
Magoa, la isso magoa, e não adianta jogar com ela ao faz de conta.
Gostava que a mão parasse de tremer.
Gostava que o corpo parasse de doer.
Gostava de poder dormir.
Mas por vezes perco me neste desalento.
Quando este teima em subsistir...




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