segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Insónia
















Quantas vezes já nos deitamos nós no mesmo chão?
Quantas vezes a imagem ganha cor,
corpo, magia e fome,
á medida que a noite se consome e a ausência de sono se clarifica?
Fica a palavra a ressoar,
entre galáxias de confissões,
risos e liturgias.
É demencial...
Gostava...
Gostava sei la do quê...

Faz enlouquecer sentir a dor aflorar.
Sentir que nos estão a roer,
sem saber o que disso pensar.

Não saber que medidas simplesmente explorar,
com a imagem que se faz ver.

Se fosse Deus tirava a cisma ao homem.
Absolvia me de questionar.

Pensar deixa nos fracos, sem vigor...

Só não quero ter novas mentiras com que brincar,
novas miragens onde me esquecer...

Por isso pensa em algo bom,
impede me de imaginar,
impede me de esquecer,
que se faz tarde querer e saber amar,
neste calabouço em que me quis prender.


"Hoje eu nem dormi a tentar entender
entre o que eu sinto e o que eu te digo
o que é feito de nós
e o que vai ser".

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